Em 31 de dezembro de 2009 eu escrevi o primeiro post deste blog, O Início
Eu o leio e releio com muitas saudades neste momento.
Talvez eu tenha que discordar do grande Amyr Klink. O mais difícil talvez não seja o início, mas sim o fim.
Mas acontece que tudo tem começo e se começa, um dia acaba...já dizia a letra da música.
Mas acontece que tudo tem começo e se começa, um dia acaba...já dizia a letra da música.
Escrever esse blog me proporcionou um E-N-O-R-M-E prazer. Pode ser que ao longo do percurso, eu tenha perdido um pouco a essência do que eu planejava, que era simplesmente contar como alguém normal chegaria até o fim de um Ironman.
E eu cheguei.
E foi legal DEMAIS.
Não encontrei o pote de ouro atrás da linha de chegada. Não houve uma mudança radical na forma de agir e pensar. Até gostaria de ter me tornado mais paciente e menos ansioso, mas não aconteceu. Aprendi a ser mais organizado em relação aos meus horários. Aprimorei a minha disciplina. De resto, o maior legado talvez tenha sido o envolvimento familiar em torno de um sonho. Voltei a treinar após 6 meses do nascimento da da Júlia, o que significa que desde sempre, ela me viu saindo ou chegando de algum treino. Isso deve influenciá-la de alguma forma. Não deve ser por acaso o fato dela gostar e pedir para participar de provinhas infantis. A mesma coisa com o Guilherme, que foi gerado em meio ao bochicho do Ironman Brasil, a minha mais bonita recordação deste "feito heróico", como eu chamei lá atrás no primeiro post. Não posso esquecer dos bons amigos que tenho nesse meio, muitos deles por causa desse blog.
Fico extremamente feliz ao perceber que o que eu escrevi até hoje foi visto por pessoas (aqui e ao redor do mundo) que fazem o nosso esporte acontecer. Ninguém em especial, ou melhor, todos em especial. Quero dizer que não precisa necessariamente ser O ATLETA DE PONTA, mas sim pessoas como eu ou você, que lê agora. Nós fazemos o esporte acontecer.
E por que acabar com o blog?
Porque o objetivo do blog há tempos foi alcançado. Espero que o que eu tenha vivido sirva de alguma forma para todos aqueles que sonham em fazer um ironman. Eu gastava HORAS e HORAS procurando blogs com a experiência alheia. Que a minha seja exemplo para aquilo que se deve e também para o que não se deve repetir. Cometi alguns erros e também muitos acertos. Está tudo aí no blog. É só garimpar.
Porque não sei se vou poder continuar a me dedicar ao triathlon como venho me dedicando. Consequentemente, não sei se vou conseguir manter meus planos de provas pra 2013 e muito menos o Ironman 2014.
Há algumas semanas, na verdade quando desisti da P5, percebi que minha esposa ficou triste por me ver abrindo mão de alguma coisa que esperei tanto. Ela disse que parecia que isso (o triathlon) não tinha mais a importância que tinha até junho de 2011.
Ela não estava errada. Acho que temos que dar prioridades e graus de importância pra tudo o que fazemos. No período entre 2010 e 2011, o Ironman teve uma importância até exagerada. Era o primeiro. Era um sonho. Depois, passou a ter a importância que deve ter. Se eu perder um, dois, três dias...a semana inteira de treinos porque tenho trabalho a fazer, porque o filho está doente, porque a filha tem apresentação na escola ou simplesmente porque eu quero acordar junto da minha família e tomar café da manhã com eles....não vai fazer a menor diferença. Tem que se dar a importância devida pra cada coisa.
É preciso lembrar que o que é importante pra mim pode não ser pra quem me lê.
Há algumas semanas, na verdade quando desisti da P5, percebi que minha esposa ficou triste por me ver abrindo mão de alguma coisa que esperei tanto. Ela disse que parecia que isso (o triathlon) não tinha mais a importância que tinha até junho de 2011.
Ela não estava errada. Acho que temos que dar prioridades e graus de importância pra tudo o que fazemos. No período entre 2010 e 2011, o Ironman teve uma importância até exagerada. Era o primeiro. Era um sonho. Depois, passou a ter a importância que deve ter. Se eu perder um, dois, três dias...a semana inteira de treinos porque tenho trabalho a fazer, porque o filho está doente, porque a filha tem apresentação na escola ou simplesmente porque eu quero acordar junto da minha família e tomar café da manhã com eles....não vai fazer a menor diferença. Tem que se dar a importância devida pra cada coisa.
É preciso lembrar que o que é importante pra mim pode não ser pra quem me lê.
2012 foi um ano muito difícil e emocionalmente intenso. Ganhei muitos cabelos brancos pra acompanhar os que já existiam. Minha última semana me faz acreditar que muitas mudanças e (re)adaptações são esperadas pra 2013. Pode ser ruim....pode ser bom. O tempo vai dizer. Também por isso, imagino que vou ter que abrir mão de algumas coisas. Como disse, questão de prioridades.
Não tenho palavras pra agradecer o apoio e companheirismo da minha mulher e da minha filha (mais recentemente, do meu molequinho também) nesses 3 anos. Nunca vi o triathlon (leia-se Ironman) como esporte individual. Em cada largada que eu dou, carrego eles comigo, assim como em todos os treinos e horas que passo longe deles.
Pra todo o resto que me acompanhou até hoje, nada menos que meu MUITO OBRIGADO.
A gente se vê por aí, nas provas e nos treinos.
Outras linhas de chegada virão, mas esta foto representa o "objetivo cumprido" do blog. Foi tudo MUITO legal! |