

Quando era criança ou pré "aborrecente" e me deparei com o conceito de infinito, provavelmente na escola, tinha MUITA dificuldade (e ainda tenho) de conseguir imaginar, de entender alguma coisa como "sem fim". A representação do infinito pra mim era o universo e até numa visão "geocêntrica" do negócio, tinha muita resistência em conceber algo que se iniciava do ponto onde eu estava parado e nunca mais acabava, sem fronteiras.
Questões filosóficas à parte, muito tempo se passou desde aquela época.
No começo desta semana de julho de 2010, uma questão pessoal me fez pensar em como tudo na vida da gente obedece ciclos que podem ser mais ou menos demorados, mas sempre voltam à algum ponto primordial. Nesse momento me veio o pensamento sobre o infinito. Até postei no facebook alguma coisa sobre isso sobre.
O mais engraçado é que depois disso nos dias seguintes, essas questões de infinitude e ciclicidade foram bem recorrentes:
Uma reportagem na Veja dizia que o limite do universo era até onde as leis da física podiam ser aplicadas...talvez o meu dilema da infância/ adolescência tenha sido resolvido!
Outra coisa, que foi até a inspiração deste post, foi o contato que tive de uma pessoa que leu meu blog, o André, de Porto Alegre que se sentiu representado, identificado com o que eu escrevi sobre o aniversário da minha filha.
Há alguns meses, procurando no google sobre experiências de pessoas com o ironman, encontrei o blog da Cláudia. O post era exatamente sobre família. Pra não alongar muito, acabei lendo todo o blog e não sosseguei enquanto não tive a certeza de que ela soube que eu virei seu fã! A amizade rompeu a barreira do virtual e hoje treinamos juntos, embora muitas vezes (quase todas) eu não consiga ouvi-la me chamando para fazer parte do pelotão dela (kkkkkkk).
Achei engraçado como um post sobre a minha família, um post até bem pessoal, sensibilizou alguém e fez essa pessoa me escrever. O ciclo que se fecha.
Quem pode garantir que alguém que leu meu post comece um blog e este novo blog seja lido por outra pessoa que, sensibilizada e representada, comece outro blog, etc, etc, etc....o infinito, o cíclico.
Pra mim, portanto, o infinito é algo que se repete e se repete e se repete, um ciclo. O símbolo do infinito remete a isso...pelo menos no meu modo de ver! E fiquei muito feliz em "resolver um problema existencial" a partir de uma coisa tão legal como escrever esse blog.
Valeu André! Vamos juntos, mesmo que distantes, mas com os mesmos objetivos: sermos importantes pra nossas famílias, cuidar bem de quem já está aqui e dos que em breve vão chegar. Selar essa amizade virtual na linha de chegada em Floripa no ano que vem!
Tinha até um outro post engatilhado, mas vai ficar pra depois ou até ser engavetado. De qualquer forma, seria sobre o livro que estou lendo (meio atrasado, ok....todos já devem ter lido este) sobre as 50 maratonas em 50 dias do Dean Kernazes e como ele descreve a sensação de se cruzar a linha de chegada de um GRANDE evento pela primeira vez. Exatamente o que eu senti quando cheguei na minha primeira maratona e muito provavelmente o que eu vou sentir quanto enfim virar de FERRO.
Sugue a reprodução de um trecho, só pra não perder a viagem:
"Cruzar a linha de chegada de uma maratona pela primeira vez é um momento com consequências para toda a vida. Ao fazê-lo, prova-se algo para si mesmo que jamais será tirado.