segunda-feira, 28 de junho de 2010

Troféu Brasil de Triathlon - 2ª Etapa



Tá...Não é uma praia de areia branca e água cristalina....mas olha a cor do céu!!! Olha a piscina, sem ondas nem correnteza. Não dá aquela vontade IMENSA de nadar 1500m, pedalar 40 Km e correr 10 Km?????

Então...eu fui!

Nem era uma prova que estava planejando fazer, até que, ao receber minha planilha vi que existia todo um planejamento específico e não tinha treino no final de semana da prova. Mais, era uma ótima oportunidade de testar minhas escolhas (troca de assessoria).

Fiz a inscrição no último dia e mesmo com um PODEROSO Mac, deu pau no navegador na hora de confirmar o pagamento, depois de ter inserido os dados. O que fazer? Colocar de novo e correr o risco de pagar 2 vezes? Liguei na operadora e confirmaram a operação. Beleza!

MAS....não recebia a confirmação de inscrição da organização. Bom, pra encurtar, não me inscrevi! Pelo menos não dessa vez.

Acabei me inscrevendo no dia do congresso técnico. Paguei mais caro, mas já estava decidido mesmo a fazer.

Infelizmente, minha torcida, a família Ironman, não poderia me acompanhar. Fico triste, mas pelo menos não fico preocupado se elas estão bem, se a Júlia comeu, bebeu água. Penso SÓ na prova.

Esta prova em específico tinha um grande atrativo pra mim: ESTREIA das minhas novas rodas. Um belo par de Zipp 808, calçadas com pneus Continental GP4000S.

Aliás, daquele post antigo que falava de uma certa lista de desejos, só não tenho um dos ítens....qual seria?


Cheguei em Santos sem sustos. Também....acordei em pleno domingo às 5 da manhã. Nas ruas, era nítido que quase todos VOLTAVAM de algum lugar ...só eu estava INDO.

Gostei do que vi. Tenda da assessoria, frutinha. Novidade pra mim.

Bike no lugar (154), reinando MARAVILHOSA no cavalete xexelento das provas de Santos. Tenho sempre a impressão que a roda vai empenar quando boto a bike na área de transição....com roda nova ainda...CUIDADO REDOBRADO, TRIPLICADO....

Hora de botar a roupa de borracha, besuntar o pescoço de vaselina e ir pra água.

Desde a época que pegava onda, não ficava tão feliz em entrar na água com um neoprene.

ESTAVA FRIA....Mas isso era bom.

Primeiras braçadas. Roupa se acomodando. Puxa daqui, me enforca dali. Decidi nadar até a primeira bóia. Minha única experiência com neoprene de natação até então tinha sido o Internacional de Santos neste ano e não tinha gostado. Estava repetindo essa impressão.

Calma...todo mundo gosta. Ajuda a deslizar...

Saí da água, alonguei. Dei mais uma ajeitada na roupa, puxei as mangas, aliviei o pescoço. Já era hora da largada.

Entrei no curralzinho com todos, de todas as idades que fariam a distância olímpica.

Buzina: ===<() ~~ ♪ ~ ♫ Póóóó e o ESTOURO da boiada!

Decidi nadar concentrado, sem perder a boia de vista...e deu certo. Saí da primeira volta com exatos 10 minutos...a roupa estava enfim AJUDANDO. A segunda volta decidi dar uma aliviada, afinal tinha forçado um pouco e não queria chegar ofegante pra pedalar.

Saí da água com 22'30"e até entregar a etiquetinha no posto de controle, mais uns 30 segundos.

Iria finalmente botar minha roda pra girar...ouvir aquele barulho característico de rodas de carbono..vum, vum, vum.

O circuito novo da bike é legal. Tem muitos retornos e ainda usa em grande parte do percurso, a avenida portuária.

Pela segunda vez desde que comecei no triathlon, não fui só ultrapassado na bike...ultrapassei também. No internacional já tive esse gostinho.

Até como treino pra Penha e pro Iron no ano que vem, tomei muito cuidado com o posicionamento. Pedalei uns 30 Km (dos 40) com fiscal por perto e não fui penalizado. Vi muita gente tomando cartão por vácuo, por ultrapassar pela direita.

Fui bem comportado e pedalei bem. Repeti o tempo de prova do Internacional, porém com um percurso com muito mais reduções de velocidade. pedalei melhor!

Entreguei a bike com o relógio marcando 1:03'08".

A corrida era pelo cenário de sempre, com a vantagem de em nenhum momento dividirmos pista com os carros.


O primeiro Km marcou 4'53". Esperava estar mais rápido. Depois fui encaixando, buscando pelo menos uns 3 ou 4 BF (identificação da minha catergoria) e sempre passando abaixo do esperado pelas marcações.

Fechei a primeira volta com 22'30" ou alguma coisa perto disso. Estava cansado, mas bem pra continuar nesse ritmo...mas não me contentei...apertei!

Consegui no último retorno, passar mais um BF, mas vi que ele não se entregou e ficou na minha cola. No ultimo Km, apertei ainda mais. Sabia que o cara estava atrás a não queria dar de graça.

Na reta final, vi o Emerson mandando apertar e indicou meu lado direito. Dei um sprint como se tivesse num 400m...mas o cara deu o bote antes....se deu melhor. Me passou faltando uns 5 metros pra linha de chegada. era um aluno de um dos professores da academia que eu nado, o Rodrigo Aiex (que foi meu "fotografo" nessa prova...Valeu Rodrigo!)

Este, o momento do "bote".

Fechei em 2:15'00". Onze minutos mais rápido que meu melhor tempo. Grande parte desse tempo foi por causa da natação. Não que eu tenha nadado melhor. Até nadei, mas no internacional tinha algo errado com responsável pelas distâncias.

Parciais desta prova:

Natação - 23'02"
T1 - 2'25"
Bike - 1:03'08"
T2 - 2'05"
Corrida: 44'19"

Sinto que estou no caminho certo. Penha está LOGO aí, dia 28/08. Sinto que tenho que ganhar mais resistência sobre a bike, mas estou aprendendo a gostar de estar em cima de uma, diferente de antigamente quando era uma hora de sofrimento.

Ahhhhh...decepção do domingo (além de ver a Argentina dar mais um show)....as rodas não fazem vum, vum, vum pra quem está pedalando com elas....é só parte do jogo de sedução que elas fazem com quem não as tem....quem está pedalando ao lado...ou atrás....rsrsrsrsrs.


Que seja assim!


ESPETÁCULO de Bike


Agora precisava voltar pra Sampa pois tinha sido requisitado pra uma missão MUITO importante, pelo telefone...quase uma ordem: Passear

Olha aí a cara do general aí embaixo...muito preocupada com o jogo da Alemanha, da Argentina, com a prova do papai...




domingo, 13 de junho de 2010

Copa do Mundo


E começou a copa do mundo!!!!

Confesso que já fui mais "fanático".

Esperava ansiosamente, assistia a quase todos os jogos, independente de nacionalidades ou tradições.

Este ano está um pouco diferente. Até agora não vi um jogo inteiro sequer.

Vi partes do jogo da Argentina e Nigéria, o 2º tempo de Alemanha e Austrália e só!

Não estou empolgado para a estreia do Brasil, na verdade vai ser um transtorno sair do Tatuapé as 2 da tarde pra chegar em casa na zona oeste pra ver o jogo, já que fui avisado na academia que não haverá atividade das 2 às 6 da tarde (meu treino de natação já era).

Por que será este desinteresse?

Muitas vezes já disse que em termos de empolgação, a copa supera até os jogos olímpicos, na minha opinião, apesar de ter muito mais afinidades com os esportes olímpicos.

Eu jogando futebol sou uma negação. Alguém lembra da propaganda que o Gustavo Borges fazia ( ou tentava fazer ) embaixadinhas? Pois é, sou eu jogando bola!

Foi-se o tempo que queria a camisa do ano. Programávamos com antecedência, onde seriam vistos os jogos. Guardo recordações de todas as copas desde 82, a primeira copa que eu me lembro bem, com 10 anos ( 78 lembro do jogo final, com MUITO papel dentro de campo).

De 82, lembro do albúm de figurinha e de como era difícil conseguir o Naranjito; do frango do Valdir Perez (goleiro do meu time) contra a finada URSS; do jogo contra a Nova Zelândia (estava no acampamento Rancho Ranieri com a escola), da expulsão do Maradona, o nó na garganta com os gols do Paolo Rossi.

De 86, os jogos assistidos todos em família....família italiana, com a nonna, os filhos, os netos....TODOS.

1990 não tenho boas lembranças...nem da seleção do Lazaroni (e do DUNGA) e nem de nada!

1994...copa com carta de motorista...jogos em bares, só com amigos...redenção do Dunga, com a taça na mão, xingando jornalistas que atribuíram a ele o fracasso de 90!

1998...jogo pra testar cardíacos contra a Holanda, amarelada do Ronaldo na final....

2002, madrugadas em claro, jogos em meio à rotina de ultrassom no hospital São Luiz, onde trabalhava (tinha gente que marcava exame durante os jogos do Brasil....), minutos perdidos de vida e cabelos brancos a mais naquele jogo com a Inglaterra.

2006....melhor esquecer 2006!

E em 2010???????

Tenho convivido com jogadores de futebol onde trabalho. Times grandes, de ponta. Ultimamente vi 2 jogadores pedindo pra "inventar" ou aumentar os achados, as lesões, pra serem tirados dos treinos e até de jogos importantes, decisivos.

Além disso, estou tão IMERSO no mundo ironman, que acho que não consigo pensar em outras coisas.

Depois da prova deste ano, com o relato de tanta gente sobre a logística da prova, vi que precisa de muito mais planejamento e investimentos do que eu imaginava. Além de tudo o que eu já sabia, muitas outras "preocupações" se somaram nesses últimos dias. Um ano que parece um espaço de tempo confortável, não me parece mais TANTO tempo assim.

Mas ainda sim, mesmo sem TANTO interesse, a copa pode render boas surpresas: o show de abertura com a Alicia Keys (não conhecia e mesmo não sendo uma PUUUUTA cantora, gostei do som dela), a galera do twitter botando o rashtag CALA BOCA GALVÃO nos trending topics global e a gringaiada curiosa pra saber o que significava aquilo.

Bom, tem muita bola pra rolar. Vamos ver se o DUUUUNGA compensa o mau humor com mais uma copa!

Enquanto isso, vou tocando a vida e pensando em ironman da hora que eu acordo até a hora que eu vou dormir (será isso normal???????????).

segunda-feira, 7 de junho de 2010

O "Estranho Desejo" de ser IRONMAN

Sigo alguns blogs de ironman"s" (ou ironmen) ou pretendentes à essa condição. Alguns eu sou fiel, outros esporádico leitor.

Uma coisa legal disso tudo, além do habito de ler, é você poder se espelhar nas experiências de cada um ou simplesmente ter ideias legais pra escrever no próprio blog.

No domingo à noite, depois de ter publicado meu último post, li no blog do Bessa, o relato do autor (Vagner Bessa) sobre o pré prova (Ironman Brasil) deste ano, na qual ele competiu. Não vou tentar interpretar o que ele quis dizer. Quem quiser que leia e tire as próprias conclusões.

O conteúdo do post me fez pensar sobre os meus motivos e o que isso significa pra mim, tanto no pré, como no pós ironman.

Sobre algumas coisas, fiquei muito em dúvida e pra ser BEM sincero, vou precisar viver a experiênca pra depois ter uma opinião. Sobre outras, sei bem o que penso,

Como diria o esquartejador, vamos por partes (piadinha BESTA de um velho amigo):

- O MOTIVO -

Nada mais justo e definitivo do que um : PORQUE EU QUERO...E se eu quero, eu vou fazer.

Mas, ok. Não é só isso!

Satisfação pessoal, satisfação do ego, superação, desejo antigo, manutenção de hábitos saudáveis e convivência com pessoas saudáveis, que compartilham o mesmo interesse.

Poderia listar estes motivos entre minhas metas.

Podem existir outros, assim como existem outras pessoas, com suas metas individuais.

Nenhum dos motivos é desprezível, na minha opinião e, quaisquer que sejam as razões, ninguém vai ser mais ou menos ironman, quer seja pelos motivos, quer seja o tempo que estas pessoas levem pra conquistar o objetivo: 8 horas, 12 horas, 16:59´, correndo a 4´/Km ou andando a maior parte do trajeto.

Todos estão lá juntos e a prova, até onde eu sei, não é dividida por tempo de conclusão ou por meta a ser alcançada. TODOS ouvem no final, a frase mais esperada do dia: FULANO DE TAL, Você é um ironman (não sou baba ovo de americano e muito menos de inglês, mas em inglês, esta frase tem um puta charme a mais, tem não?)

Por que eu estou falando isso?

Não concordo que existam motivos justos e outros não justos pra se fazer um ironman. Satisfação do ego ou uma busca de mudança de estilo de vida, de hábitos...acho tudo válido e depende do interesse de cada um. Cada um vai fazer o melhor pra buscar o que quer e o objetivo do cara que vai estar na praia do meu lado no dia 29/05, não vai fazer dele meu inimigo, talvez nem amigo, mas com certeza, vou torcer pra que ele, no final do dia, consiga o mesmo que eu: cruzar a linha de chegada.

Li em diversos lugares que o ironman é um rito de passagem. Em outros, inclusive no blog da minha amiga Cláudia, que essa é uma prova que você é apresentado à comunidade em busca de aceitação e que, ao final do dia, recebe essa aceitação do seleto grupo que está lá competindo, assistindo. Em última análise, sim um rito de passagem. E eu gostei TANTO disso, que incorporei esse pensamento.

Não acho que vou ser uma pessoa diferente do cara que começou a prova no início do dia, ao cruzar o pórtico de chegada no domingo 29/05/2011, mas talvez, alguma transformação aconteça ao longo do processo de preparação. A dureza, a dedicação e a abdicação de algumas coisas podem me fazer mudar o jeito de pensar, podem me fazer dar mais valor à algumas coisas e não dar valor à outras. Pra saber isso, vou ter que viver a experiência. Ainda não tenho como responder.

O treino não é só do corpo, mas é da mente também. Aprendi isso nos últimos meses.

Então, qual o motivo pra se querer uma coisa dessa?

Apesar de estar vivendo um período de algumas novidades, como nova assessoria, novo esquema de treino, novos conhecidos e amigos, algumas coisas não são TÃO novas assim.

Estou nesse meio do triathlon desde 95 e antes disso, em 93, comecei com o biathlon.

Fiz muita prova de biathlon 500m/3 Km, algumas de 750m/ 5 Km e outras de 1000m/ 6 Km. Na verdade foram 2 anos muito legais.

Depois, como já disse uma vez nesse blog, passei ao triathlon. Fiz provas de short e olímpico. Nunca fiz LONGAS distâncias. Nunca passei de 100 Km no pedal.

Nos tempos quando internet se resumia à redes BBS e a informação não era assim tão fácil como hoje, eu me deliciava com as "Triathlete Magazine" que chegavam com um certo atraso às bancas brasileiras, contando sobre uma prova BIZARRA que acontecia no Havaí...o ironman (nem sei se naquela época existia um circuito como hoje). Uma capa que eu lembro bem era com a Fernanda Keller de maio rosa (linda como sempre e como ainda é hoje), sobre sua Softride absolutamente futurista, sem o seat tube, contando sobre o seu 3º lugar (de uma série de muitos) em Kona.

Em uma destas Triathlete, contavam a história de anônimos que se aventuravam nessa busca. Eu estava no 4º ano da faculdade, às véperas de ter que me afastar de treinos e outras coisas que eu julgava que nunca mais faria por causa da minha profissão (5º e 6º anos da faculdade eram PEDREIRA....e depois, residência...mais 3 ou 4 anos).

Uma destas histórias era de um médico, um radiologista ( e ironman)....HAHAHAHAHAH..

Aqui estou eu hoje, um médico...radiologista! Coincidência? Será?????????????????

Só pra constar...não acredito em destino. Acredito que eu faço meu presente e meu futuro. Se digo coincidência...quero dizer...será que isso exerceu alguma influência nas minhas decisões? O desejo de ser Ironman guiou desta forma meus passos. Fui tão "maquiavélico" à este ponto, pensando nos "meios" para justificar um "fim"...uma finalidade assim, tão distante. (pena que essas palavra, maquiavélico, seja usada de forma TÃO negativa. O próprio autor da frase, Maquiavel, ao meu ver, foi incompriendido, como uma espécie de Gérson, da lei de Gérson, do seu tempo).

Depois, com a "invenção" da NET (tv à cabo), o SporTV repetia à exaustão os filmes sobre o ironman Havaí ( Allen, Scott, o alemão voador Jurgen Zack....e os "anonimos"...a freira Madonna, etc, etc, etc...

Foi crescendo uma coisa, um desejo de fazer parte daquilo.....como se ser triatleta dependia daquela condição...ser um ironman....o tal rito de passagem!

Também compartilho da ideia de ser triatleta no dia que completar o ironman.

Ser triatleta (ou ironman) não me faz diferente de ninguém, nem melhor e nem pior. Ser triatleta é ser um cara que nada (o que eu AMO fazer), pedala (o que eu estou aprendendo finalmente a gostar de fazer) e corre (coisa que dá uma enorme sensação de bem estar e dever cumprido).

Gosto muito da ideia de praticar esse esporte.

- AS EXPECTATIVAS -

Ao me propor terminar um ironman, pretendo me tornar um triatleta de verdade. Essa é a primeira expectativa.

Quanto à prova, tenho mais 1 ano pra trabalhar.

Não caí de paraquedas no ironman. Tenho um bom tempo de triathlon nas costas. Estou há 1 ano nesse projeto Ironman 2011, que começou exatamente em maio de 2009. Muitas diretrizes tiveram que ser abandonadas com a mudança de assessoria.

A maratona de SP foi um degrau nessa escalada, mas ouvi do meu atual treinador que, se fosse com ele, não incluiria maratonas na minha preparação. Em outros tempos, estavam programadas três maratonas (Não estou comparando e nem achando FULANO melhor que SICRANO...apenas existem diferenças de métodos ou experiências pessoais).

Vou fazer dois meio IM. Um em agosto e outro em novembro. Tem gente que fala que o ideal é ter três ou quatro 1/2 IM antes de fazer um inteiro. Opiniões....

Projeto hoje um tempo de 11:30', sendo 1:30' pra natação e transições (T1 e T2) somadas; 6 horas de bike e 4 horas de corrida. É bastante conservador e sei que posso fazer isso! Posso fazer em menos? Não sei. O treino este ano vai me dizer. É muito difícil, mas não impossível. Milagres não existem e o tempo que vou ter disponível pra treinar é que vai me fazer bater ou não esta meta.

Estou bastante consciente de tudo o que tenho que fazer pra chegar lá e o que poderei fazer no grande dia!

Só pra esclarecer (pra mim mesmo), quero terminar esse meu primeiro ironman como um homem de ferro (inteiro, forte e de preferência, sorrindo). Vou sim me sentir MUITO frustrado se tiver que andar ou se alguma coisa fugir muito ao planejado. Sei que tenho que ter uma maleabilidade. Não sei o que pode acontecer nesses 12 próximos meses. Não sei como será minha preparação. Não sei se no dia da prova vai cair uma chuva ou se teremos um furacão...ou ainda, se fará um calor africano em pleno sul do Brasil. Vou treinar com o unico objetivo de CUMPRIR meus objetivos. Os fatores externos eu não posso controlar. Vamos administrar as variáveis que eu posso controlar.

Penso da seguinte forma: Grandes pensamentos, grande ambições, levam à grandes realizações. Pensamentos pequenos, fazem a gente continuar na mediocridade.

IRONMAN é um GRANDE PENSAMENTO! Uma GRANDE AMBIÇÃO!

E sobre os motivos de quem leu? O que te move em direção à linha de chegada?

Não vamos achar que o meu ou o seu motivo é mais nobre que o de outros! Viva o grande pensamento, SEMPRE!

PS: Lembrando sempre que esse blog expressa a MINHA opinião, independente de estar certo ou errado aos olhos de quem eventualmente o ler.



domingo, 6 de junho de 2010

Feriado = Trabalho

Uma semana se passou do IM Brasil 2010. Isso quer dizer que eu tenho 1 semana a menos de treino.

Na verdade foram 2 semanas de atipias...(atípico, palavra que o meu treinador gosta de dizer quando não se consegue seguir a planilha da maneira correta. No meu caso, as atipias foram por causa de uma violenta reação da vacina contra a tal da gripe A H1N1 e depois, um feriado numa 5ª feira, com mudança na minha rotina de horários que, consequentemente, impediu meus treinos.

Tudo bem. Que seja agora.

Acompanhei como se fosse uma final de copa do mundo, a prova da semana passada, monitorando as parciais, como se o site da prova ligasse muito pra ansiedade de quem estava torcendo de longe. Atualizações com muito atraso e algumas vezes confusas.

Fora isso, deu pra saber com um pouco de atraso que os amigos foram MUITO bem: Cláudia estreiou como uma "veterana" na prova, com 11:35', correndo a maratona do ironman abaixo de 4 horas e ficando a poucos minutos do pódio e por que não, da vaga pro Havaí. Vale MUITO a pena ver o relato da prova e dos dias que antecederam-na no blog. Aliás,vale a pena ler o blog inteiro (clique aqui). O Quina com 10:12', EXCELENTE tempo, mas que infelizmente não credencia à sonhada carimbada no passaporte pro Havaí.

A ansiedade além da torcida pelos amigos, também se deve à expectativa do que eu poderei ou não fazer no ano que vem. Entre 11 e 12 horas é bem possível de se fazer e o que manda, sem dúvida é o treino, a preparação. Não existe milagre.

O feriado porém, não me deixou cumprir o que foi estabelecido. Estou desde 4ª feira numa maratona: leva a família pro interior, volta pra trabalhar, trabalho (enxugar gelo, como dizemos), volta pro interior pra buscar a familia. Foram quase 600 Km em 4 dias e um total de uns 80 ou 90 exames laudados. Tá fácil a minha vida?



Não posso reclamar, afinal, esse é o meu trabalho. Dependo disso pra realização das coisas que eu gosto, inclusive poder treinar.

Depois de tudo isso, baterias recarregadas com um final de tarde colorido de outono, longe da poluição de São Paulo e depois de 4 dias de de muito trabalho, ou então, um amanhecer gelado de domingo, com 5ºC e um abraço da filhota ainda na cama.



Agora de volta à rotina. De volta ao trabalho. De volta aos treinos. O Ironman 70.3 está logo aí e quero mostrar logo que não estou de brincadeira! Claro...não vou fazer em 4 horas, mas sou bastante realista e sei o que meu corpo me deixa fazer.

Nunca é demais: PARABÉNS IRONTANGY (Cláudia). Você é o exemplo a ser seguido.