quarta-feira, 17 de agosto de 2011

IronBaby


Enfim, chegou ao fim a curiosidade (de um monte de gente).

O ironbaby é um meninão, o Guilherme.

Demorei pra colocar alguma coisa por aqui e pensei bastante até decidir. Mas aí vai. Aí foi.

Normalmente, filhos são muito desejados e esperados pela enorme maioria dos casais. 

Tenho duas histórias muito especiais à respeito dos meus pequenos.


 A Júlia começou a virar realidade na virada do ano 2006/2007, perto de completar um ano de casado.

Com a água do mar de Maresias perto do joelho e já com algumas taças de espumante na cabeça, a Vivi disse que tinha feito um pedido de ano novo. O pedido era que ela terminasse o ano de 2007 grávida. Aquilo me emocionou muito.

Ao lado, o momento que a Vivi me contou o pedido.

Desde o início do namoro, fui informado que quando tivéssemos uma filha, ela se chamaria Júlia. Eu comprei o sonho da Vi. Eu também queria muito ter uma filha.

Em 2007 viajamos muito: Santiago (Chile), Nova York, Califórnia, Fernando de Noronha. Decidimos que depois de Noronha, ou até mesmo lá, seria uma boa hora pra começar a tentar.

Em outubro, fizemos uma grande viagem de 3 semanas pelos EUA (tinha até esquecido, mas minha estréia no mundo dos blogs foi nesta viagem. Quem quiser, o endereço é www.danielblois.blog.uol.com.br. Congressos são ótimas ocasiões para se fazer qualquer coisa, menos frequentar o próprio congresso. 

Em um jantar regado à vinho, lógico, decidimos que adiantaríamos em 1 mês o início das tentativas, o que significava dizer que era à partir daquele dia....hahahah



Sabíamos a data da ovulação. Queríamos uma menina. Uma "pseudo-ciência" propagada até pelo meu próprio chefe, um médico muito respeitado no nosso meio (hoje em dia, só médicos respeitam médicos...e muitas vezes, nem isso), dizia que o espermatozóide que carrega o cromossomo Y, que define o sexo masculino no bebê, é menor e bastante ágil, porém muito pouco resistente. Ao contrário, o X é maior e bastante resistente, o que faz com que o espermatozóide fique lento.

O que isso tem a ver? Bom...é simples. Meninas são geradas nas relações até um dia antes da ovulação. Meninos no dia da ovulação ou até um dia depois.

A ovulação seria exatamente no dia da nossa volta depois de uma viagem há muito planejada, há muito desejada, pela costa Oeste. Nosso fim de viagem foi muito especial e lembro muito bem do penúltimo dia em San Diego. Algo me diz que foi neste dia que a Júlia passou a existir, efetivamente.


O Guilherme também foi muito planejado.

Não queria outro filho, por muitos motivos. Com muita paciência, a Vi soube me "manobrar" pra conseguir o que queria (e quase sempre é assim). Em novembro de 2009, ao voltar de um congresso em Chicago, desembarquei com um cachorrinho pra Júlia em uma das mãos e uma bola de futebol americano na outra. Dei pra Vi e disse: pro nosso próximo.Neste dia, ela soube que ter outro filho não era mais vontade só dela.

O fato de ser uma bola, não necessariamente mostrava um desejo de ser pai de menino. Adoro ser pai de menina e ficaria feliz se tivesse outra. Mas imagina uma casa com 3 mulheres e só eu de homem???? Acho que seria uma boa ideia tentar empatar as coisas. Desta vez, sem pseudo ciência, sem nada.

Para esta nova gravidez, precisávamos de algumas coisas. A mais urgente era mudar de casa. Nosso antigo AP não cabia mais ninguém.

Além disso, tinha uma coisa para qual eu estava me programando nos últimos 2 anos. Um tal Ironman.

O final da gravidez não poderia coincidir com o final de maio.

Achamos que se tentássemos engravidar à partir de janeiro, tudo se encaixaria.

Em fevereiro descobrimos a gravidez e poucos dias depois, uma decepção. Um aborto espontâneo.

Decidimos não mais pensar nisso. Quem sabe até umas férias depois do iron, sem a Júlia. Iria usar o tempo até maio pra me concentrar só no Ironman. Treinar muito. Não foi egoísmo. Tentei tirar a ansiedade, a pressão.Quem já passou por isso, sabe o quanto é angustiante torcer por um atraso menstrual e ter outras seguidas decepções.

Dias antes de irmos pra Floripa, ouvi a seguinte intimada: "Vou voltar grávida de Floripa". Eu desesperei. Além de IRON, vou ter que ser MAN...hahahahahaha.

Neste blog já contei os dias inesquecíveis que tive em Floripa.

Na manhã de 15/06/2011, uma quarta feira, eu recebi um torpedinho com essa foto:



Já sabia do que se tratava.

Chorando, mandei uma resposta que tentava mostrar a felicidade que estava sentindo. Quem disse que uma segunda vez não seria tão marcante e emocionante?

Não é sensacional e muito especial saber que filhos tão desejados tenham sido concebidos em situações muito felizes?

A Júlia, nossa princesinha, gerada numa longa viagem com a qual sonhava desde adolescente, de carro pela Califórnia e o Guilherme, que cresce forte e rápido dentro da barriga, minha melhor recordação da conquista de um dos grande sonhos da minha vida, até então: o Ironman.

Cresce moleque. E quando chegar a hora, estaremos todos aqui fora te esperando.

Já te amo muito!!!!!!



Um comentário:

  1. Parabéns!!!
    Que alegria deve ser o segundo filho...
    Imagino que dá para aproveitar mais, pois apesar de ser diferente (é o que muitos dizem), valorizamos o que realmente tem valor, e as preocupações com coisas simples são "tiradas de letra".
    Que Deus continue abençoando essa linda família!
    Um grande beijo para o quarteto!

    ResponderExcluir