CALMA....
Não vou contar meus 37 anos de história.
Tudo bem....existem passagens desta história que nem diretores do James Bond...ou pior, de novela mexicana, teriam coragem de incluir nos seus roteiros...mas...isso já são OUTROS 500...
Clichezão dos atletas blogueiros é contar como "cairam" nessa vida. Então agora é minha vez:
Não...nunca foi obeso, sedentário, nunca passei por sustos por causa da saúde, alimentação, etc, etc, etc....
Como já disse em outro post, já joguei futebol de salão na ACM da Nestor Pestana (Centro de SP), já nadei naquela piscina também e até hoje lembro bem de como era quente e de como cheirava a cloro aquele ambiente. Também lembro da dor que sentia quando tentava chegar até o fundo dos seus 3 ou 4 metros de profundidade (muito tempo depois, quando fiz curso de mergulho, aprendi que corri sérios riscos de romper meus tímpanos).
Em 1984, a seleção de volei do Willian, Renan, Montanaro, Bernard, Xandó, Amauri, Bernardinho e outros, levaram a prata em Los Angeles....começava minha carreira de jogador de volei...
A natação era uma constante...e não era exatamente o que eu mais curtia.
Depois, veio colegial, vestibular...PAU no vestibular e enfim, cursinho, em 1991.
De todas as atividades, só a natação (no Takeda da Heitor Penteado) continuava a fazer parte da minha vida esportiva. Nesse momento, houve uma mudança de postura (minha). O que era obrigação, passou a ser prazer. Era o único momento do dia, às 3ª e 5ª no final da tarde, que eu não estava sentado com a cabeça enfiada num livro.
Entrei na faculdade...UUUFFFFFAAAAA.
Logo de cara, competição entre calouros das principais faculdades de medicina. Queria voltar a jogar volei, no ALTO dos meus 170 cm, sem saber que alguns anos antes, os treinos nos escadões no ginásio da piscina do DEFE da água branca, com 3 Kg de peso em cada tornozelo e as vezes uma bola de areia de 5 Kg nos braços, pra compensar minha baixa estatura, foram responsáveis por eu, hoje, correr com duas indefectíveis faixas nos meus joelhos.
Eis que um grande amigo de infância aparece com uma novidade que iria mudar minha vida. Isso, em 92 ou 93.
Ele chegou todo animado, dizendo que tinha feito uma prova de natação e corrida, que chamavam de biathlon e era SENSACIONAL.
Eram tempos dos biathlons do Pinheiros, do Projeto Áqua...quando o Mansur saia sempre quase 2 minutos atrás da água e ganhava heroicamente. Quando o Felipe Pitta, o Eduardo Akira e o Adriano Bastos corriam na categoria de 13 a 19 anos.
Saí do Takeda, fui pra Aquasport, na Vila Madalena, nadar com o GRANDE Sílvio Kestner, o recordista dos 1500m borboleta da piscina do Pinheiros.....e com um tal de Cláudio Castilho, na época um moleque no 2º ano da faculdade, que as vezes chegava atrasado ao trabalho porque saia da aula em Mogi e dava um pulo na praia pra pegar onda...
Em 94 as provinhas de biathlon rarearam. Provas de natação, só os torneios masters....
O negócio era comprar uma bike! Vamos fazer TRIATHLON!
Ou você comprava uma caloi 12, que pesava uns 300 Kg ou comprava Trek ou Specialized, gastando uma grana violenta. Eu era "PAI"trocinado.
Por 482 reais, convenci meu pai a me dar uma caloi 12 laranja. Era pesada, tinha rodas tubulares, aro 28...mas era o que eu tinha. Comprei capacete, clip, cateye. Fiz um esforço de economia e comprei um pedal look, que acho que era 3 vezes maior que o meu atual Look Keo.
Em 95 estreei no troféu Brasil, em Santos. Fiz também provas na USP (quando não era parte do troféu Brasil), Internacional de Santos, Caiobá. Ficava puto se saia da água acima de 11 minutos, sofria, como sofro até hoje, em cima da bike....mas corria fácil...já cheguei a fazer 5 Km em menos de 19' em uma prova, o que era realmente muito bom, na minha opinião.
Lembro que em Santos, meu termometro era na saída para a corrida. Dependendo do momento que eu cruzasse com a Fernanda Keller (ela em direção à linha de chegada), eu sabia se estava bem ou mal.
Até que o dever (leia-se 5º e 6º anos da faculdade) me fez dar um tempo....
Voltei a fazer provas em 98...ano que fiz o serviço militar obrigatório como médico, na aeronáutica. Trabalhava das 8 as 11 da manhã..o resto eu treinava....
Como tudo que é bom acaba, em 99 fui fazer minha residência. Volta à vida de plantões, etc...
De 1999 à 2007, continuei a nadar, a correr...principalmente por causa de uma prova...Ilhabela Terra & Mar Adoro (adorava) esta prova. Este ano, a CORPORE mudou o esquema, tirou a natação, dividiu a prova em 3 e acabou a magia. Adorava o pretexto da prova pra ir pra Ilhabela...
Depois que a filhota nasceu, fiquei mais de 6 meses lambendo a cria, sem a menor vontade de fazer NADA!
Até que um dia, o Cláudio Castilho, hoje o respeitado técnico de atletismo do Pinheiros, da seleção Brasileira no Pan do Rio, Mundial de Berlim e Olimpiadas de Pequim, foi me buscar em casa: "Agora chega né doutor DuBlois".
Coloquei como meta a meia do Rio em 2009....Pensei: se tenho como meta a meia do rio, então consigo fazer um meio ironman.
Não satistisfeito, ouvi do mesmo Cláudio: Meio ironman é obrigação....seu desafio é o IRONMAN.
Mas correr uma maratona?????????
Eis aqui um ser que dorme e acorda pensando em ser um ironman.
Por que do trauma de maratonas?????? Em breve. Basta saber que a culpa é do meu querido amigo e treinador...na época, o moleque que pegava onda no horário de trabalho....
Famosa Caloi laranja, Caiobá 1996
Sim.....eu tinha cabelo comprido...KKKKKKKKKKK
Não...a primeira foto não é minha....é minha princesoca, na foto mais linda que eu fiz (entre as mais de 5000 desde que ela nasceu), pouco tempo depois de ter vindo ao mundo
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