segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Triathlon e Vácuo


Tá! Eu finalmente entendi!

Às vezes eu me pergunto: Por que as pessoas têm que ser radicais (e radicalmente chatas) ao defenderem pontos de vista?

Talvez isto só dificulte a aceitaçao geral de uma coisa que realmente faz sentido, que é pertinente.

O vácuo no triathon.

Antes de expor o motivo do post, um video (meio longo, mas vai...faz um esforço) do youtube da etapa de Budapest da ITU




A prova começa (de maneira civilizada).

Mostram muito pouco da natação.

A T1 é rápida e pode nos ensinar como tirar rápido um neoprene.

A bike. Pelotões. Em certo momento, um sinal de uma das atletas para que outra ultrapasse e puxe o grupo.

A T2 é mais rápida.

A corrida. Aí a prova começou.

Todas saindo juntas, mas de repente, a imagem corta e já estamos no final com uma atleta australiana isolada na ponta e que vence a prova e um grupo de 4 ou 5 atletas que brigam pelo segundo lugar. Finalmente, um sprint espetacular que dá à atleta australiana o segundo lugar na prova e o título de campeã do circuito, deixando a suiça em terceiro na prova e com o vice campeonato.

A prova se resume a EXATAMENTE isto que eu acabei de descrever. Natação e bike antecedendo o que realmente decide, o que realmente importa nesse caso e o que deu à prova um mínimo de competitividade....a corrida.

Seria MUITO chato se fosse assim.

Quando comecei no triathlon e pedalava horrivelmente (hoje já consigo dizer que saí do curso de educação infantil e já passei ao ensino fundamental), achava legal quando juntava um pelote enorme nas provas. Saia dos sofríveis 30 km/h (num short triathlon!!!!) pra algo em torno de 37 ou 38 km/h. Achava o máximo.

Mas como diz o Arnaldo Cezar Coelho: a regra é (mesmo) clara. Vácuo É proibido e na verdade, estraga a essência do nosso esporte.

A natação numa prova com vácuo tem uma maior importância porque se você perder muito o contato com os líderes, JÁ ERA!!!!! Gosto da ideia de se dar importância à natação.

Por outro lado, o vácuo MATA o triathlon.

São grupos enormes. A beleza plástica de atletas em posição aero, em bikes de contrarrelógio com a paisagem (urbana ou não) ao fundo, dá lugar ao "caos organizado" de um pelotão. Não que não tenha sua graça, mas isso no ciclismo, em provas como o Tour, o Giro etc....com regras específicas, equipes e estratégias definidas.

O triathlon com vácuo se resume à corrida.

Tenho aprendido que triathlon é nadapedalacorre.

Normalmente a prova começa na natação (mas te dá muito tempo pra recuperação) é desenhada na bike e definida na corrida, sendo que nessa última, a técnica divide espaço cabeça a cabeça com a raça, a superação.

Assim é que é legal.

Desde o Internacional de Santos no início deste ano, tenho evitado os pelotões a todo custo, principalmente por ter me tornado ávido leitor de blogs de triatletas e também por ser uma pessoas que tenta sempre respeitar as regras.

Agora eu vou respeitar essas regras (a do vácuo em específico) porque elas mantém a beleza e a autenticidade do esporte que eu sou FANÁTICO!



5 comentários:

  1. Muito bem defendido seu ponto. Tb sou totalmente a favor de seguir a regra. Mas precisamos de uma fiscalização exemplar e correta! Não dessas que penalizam os que estão na subida ou que não penalizam niguém. Outra coisa que urge: antidoping. E não só entre os profissionais, não. Tenho ouvido falar sobre gente que e é amador está se dopando. Aí é sacanagem, né? Pegam a vaga pra Kona ou Clearwater, tirando dos que estão jogando limpo.

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  2. Infelizmente o comite olimpico decidiu que teria que liberar o vacuo para colocar o triathlon nas olimpiadas, eles acham que é dificil de controlar o vacuo, e a zona de vacuo em si, mas eles não notaram que tomando essa decisão eles tiraram a ESSÊNCIA do esporte, concordo contigo em tudo, e agora tenho mais argumentos contra o vacuo no tri.

    Abração

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  3. Faço das tuas palavras minha opinião. Triathlon com vácuo não rola.

    Belo texto, abraço Pablo

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  4. Oi Daniel, tudo bom?
    Primeiro, obrigada pelo comentário que deixou no meu blog, que bom que alguém está se divertindo com aquele monte de bobagens (além de mim, é claro!!! hehehehe).
    Vou para Pira, fazer meu primeiro longo – vamos ver o que vai dar!!!
    Estava dando uma olhada nos seus posts, acho que ficamos no mesmo hotel em Penha – que coincidência!
    Sobre o último, eu gosto muito de tudo que é olímpico, minha admiração e “loucura” por esportes vêm da infância e tem a ver com as Olimpíadas. Gosto muito do triathlon olímpico, da distância, da estética das provas e dos atletas. Mas contra fatos não há argumentos: a bike não faz parte da “competição”, é só uma fase a ser cumprida. É triathlon ou não é? Eu acho que é, já que a regra é conhecida e as chances são as mesmas para todos (com a premissa: nade bem e saia no primeiro pelotão da bike). Poderia ser mais bacana e emocionante? Poderia.
    Eu fiz um Duathlon onde o vácuo era permitido e, apesar de fazer a primeira corrida com as meninas, sobrei na bike (não consegui acompanhar a menina que me levaria até o pelotão, poucos segundos afrente). Faria de novo sim, é bom se testar num tipo de prova desta, mesmo sabendo que minhas chances são poucas.
    Agora, se tem pelotão quando não é permitido vácuo, é feio demais. Em Penha tinha um montão! O triathlon amador tem que se organizar, cobrar uma fiscalização justa nos eventos.

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  5. Vale um comentário meu, depois de ler o da Carol.

    Concordo com ela. Também acho que quando válido, o vácuo pode e deve ser usado. Está na regra e de forma nenhuma estou desqualificando o triathlon com vácuo.

    O post fala das provas nas quais o vácuo não é permitido, ou seja, a grande maioria da provas que nós amadores fazemos. Quem me dera ser um atleta olímpico!!!!

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