domingo, 19 de setembro de 2010

Troféu Brasil de Triathlon - 4ª Etapa

Domingo foi dia de Troféu Brasil.

Como toda prova é igual, NADAPEDALACORRE, então vou falar pouco da prova e mais dos bastidores.

A prova: dia cinza, chuvinha fina, antes da prova e durante uma pequena parte da bike. Mar pouca coisa mexido, com correnteza fraca. Vento lateral na portuária que me fez pedalar com certo cuidado (um raladinho no braço ou perna nem é problema, agora...já imaginou um arranhão na bike???????). A combinação vento lateral + roda Zipp 808 não é legal, mas pedalei bem. Corrida com condições muito boas, sem sol, temperatura baixa.

Meus tempos:

Natação 30'45"
T1 + Bike: 1:05'37"(esqueci de bater no relógio na saída da T1)
T2: 1'48"
Corrida: 42'59"
TOTAL: 2:21'11" (11º na categoria)

Aprendizado desta prova: Desencanei da natação. Daqui pra frente vou aproveitar o tempo pra curtir como é bom estar dentro da água, dentro do mar. Meu problema não é a natação. Fiz treinos muito bons durante a semana. O problema é a orientação no mar. Quando percebo que estou fora do prumo, eu perco o ritmo chegando até a parar de nadar pra ver se estou na direção certa.

Vamos ao que interessa.

Pra variar, deixei a inscrição pro último dia e não consegui fazer pelo site. Minha inscrição foi feita pelo Rodrigo Aiex, que é treinador e tem uma assessoria com um pessoal bem forte, diga-se de passagem. Valeu Rodrigo!

Domingo, acordei às 5:40. À princípio, toda torcida iria comigo, mas o frio, o vento e a garôa fizeram da cama, o lugar mais irresistível do mundo.

Como era cedo, decidi fazer uma experiência. Fui pelo rodoanel. Resultado: 83 km em 55 minutos. Pela marginal-Bandeirantes-Imigrantes são 35 km em 30 minutos. Valeu pra conhecer. Engraçado como tão perto da gente existe uma paisagem que mais parece de um interior distante. Eu parecia e me sentia como um intruso, com vontade de pedir desculpas por estar perturbando o sossego das pessoas que foram obrigadas a ter um estrada como vizinha.

A prova já contei....

Depois da prova, peguei minha medalha, gatorade e já fui tirar a bike. Chegando na tenda, o Marcos estava trocado, descansado. O pneu furou. Coisa chata!

Ele estava falando com uma pessoa que veio me perguntar o tamanho do meu quadro, do avanço do guidão e pediu pra dar uma volta. Deixei.

Depois o Emerson veio falar que aquele cara era SOMENTE o Carlos Paiva, 5º colocado no ultraman Havaí em 2008 e esse ano estaria lá novamente.

ESSE CARA andou na minha bike!!!!

Conversamos um pouco e quando cheguei em casa fui procurar alguma coisa sobre ele na internet. Achei um blog e mandei um email pra ele dizendo estar torcendo por ele, minhas pretensões com relação ao ironman e terminei brincando que aquela voltinha na minha bike bem que poderia ter ensinado alguma coisa à ela. Ele me respondeu muito simpático, dizendo que ao terminar o primeiro meio iron, nunca se imaginou fazendo um iron inteiro....e com isso já se vão 19 irons e em breve 2 ultra. Devolveu a brincadeira dizendo que na voltinha que ele deu, conversou rapidamente com a bike, que disse estar pronta pra um iron!

Mais um herói de carne e osso!

Fui no site da prova, achei o start list de 2010. Mais surpresas. Além dele, Carlos Paiva e o Alexandre Ribeiro, multicampeão desta prova, tem outro brasileiro, o Mário Maddalozzo, de Curitiba, que também acabou de me mandar um email.

Sem conhece-lo, digo que esse cara faz parte da minha preparação pro ironman.

O site do ironman Brasil tem um relato do primeiro ironman dele, em 2007 e foi a partir deste relato que minha ideia começou a ganhar força. Com ele aprendi que a "jornada é a própria recompensa", ou seja, você vira ironman ou ultraman ou o que quer que seja, durante o processo e não exatamente na linha de chegada (Claro que TODO mundo quer a linha de chegada).

E isso faz muito sentido.

Olha só quanta coisa legal já me aconteceu desde que me propus a fazer um ironman: evolui bastante no meu esporte, conheci muita gente e gente MUITO legal, como por exemplo, o pessoal da padoca (amigos da MPR que terminam o treino na padoca...treino sem o Supremo de Peru não é treino), a Ana Mesquita que já cruzou um mar inteiro à nado, o Carlos Paiva, tive contato com o Ultra-Mário.

Isso é muito legal, é muito gratificante e com certeza está contribuindo muito com uma coisa que eu escrevi no primeiro post deste blog: Quero fazer deste período de preparação, um período que eu vou me lembrar como o melhor da minha vida....e por enquanto está sendo mesmo!

A volta à São Paulo foi sonolenta e hipoglicêmica, mas o almoço foi mais que especial!

Agora, Pirassununga! Vamo que vamo!


Um comentário:

  1. Oi Dani
    Que legal seu relato. Chega de detalhes técnicos das provas, né? O negócio é transformar tudo em experiência emocional, em bagagem pra vida. Temos nos desencontrado ultimamente, mas eu tou voltando. Já tenho o alvará pra nadar dia 4 de outubro!
    bjs

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