terça-feira, 23 de novembro de 2010

Nossas Medalhas (Visíveis ou Invisíveis)

Quase todo mundo que faz o que fazemos, não faz por muito mais do que isso aqui:


É difícil pra um simples "mortal" entender que muitas vezes, eu nem sei a minha colocação. Ou então não conseguem entender como eu posso ter ficado feliz sendo o 210º colocado no geral e em 57º na minha categoria!

É difícil compreender que a linha de chegada é a maior conquista, o maior prêmio.

Guardamos nossas medalhas de participação como verdadeiros troféus. Desfilamos de camisetas de provas. Se tiver a palavra finisher então...

Até bem pouco tempo atrás, guardava todos os meus números de participações em provas, desde o longínquo 1993, quando fiz minha primeira prova de biathlon. Eram números de tecido, que molhavam. Alguns ainda estão guardados na casa dos meus pais.

Existem também os troféus indiretos. Por exemplo:


Este LINDO bronzeado, cultivado no último domingo em Pirassununga em quase 5 horas do sol que TODOS os dermatologistas condenam e pessoas com um mínimo de juízo, nunca tomariam. Olha a ironia do negócio: o sol nas minhas costas ficou coberto. Talvez seja solidariedade de classes, como aquela história de médico não cobra de médico; um sol não queima outro sol!

Ou então isto: 


Eu ajudo.

Terminei a prova no domingo e fui tomar um banho (proibido) na piscina da AFA. Ao sentar pra tirar a meia de compressão, uma cãibra ANIMAL na panturrilha esquerda. Trinta segundos, um minuto.... interminável. Amanheci nos dias seguintes com muita dor. Cheguei no trabalho e pedi para que fizessem algumas imagens da perna, pra descartar alguma lesão muscular. Qual não foi minha surpresa ao ver uma alteração no osso (esta área mais brilhante na medular óssea da tíbia, o osso maior), com um nome engraçado: Shin Splints. Está explicada minha "canelinha de vidro", que dói sempre que minha filha resolve bater com algum brinquedo na minha perna!

Ok, nada pra desesperar. Talvez a decisão de abolir o alongamento depois dos treinos nos últimos 6 meses, não tenha sido muito inteligente.

Achei que seria de mau gosto postar fotos de algumas cicatrizes de quedas de bike que tenho, uma no braço e outra na perna. Estas são "medalhas tatuadas", que vão seguir comigo e sempre vão me lembrar que eu sou triatleta.

Esses são os troféus que valem. Os que nos lembram o que somos!

Acho demais ficar em 47º, 69º...e até em 11º, como no último domingo!


Um comentário:

  1. Eu também adoro minhas cicatrizes. Estou com o bronzeado macaquinho já há algumas semanas, mas o de Pira foi demais.... representa 1 semana no nordeste para quem gosta de se bronzear “normalmente” (de biquíni e sunga na praia).
    Parabéns pela prova, puta tempo...4h54´ é super máster pró!!!! Se continuar assim vai fazer sub 10hs no Iron!!!!

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